“Louco”
Fazia tempo que não se via
Muito tempo que não queria
Ver as luzes da cidade grande
Que falava desse dia
Na forma de minha poesia
Fazia tempo que todos
Queria apenas um sonhar
Nas noites de ilusão desse mundo
Via a tua a sonhar
Mas, um dia teve pesadelo
Que se acordando de um
Para viver nesse mundo real
Querendo assim voltar
Para o seu mundo de sonhos
“Herói louco”
Quantos versos
Tenho para expulsar
Teu progresso
Quantos versos eu tenho
Para cantar tua loucura
Quantos versos eu tenho
Para expulsar
A tua bravura
Nas noites eu vi teus planos
Era assim eu e você
Que fazia guerra nos anos
Bombardeamos Hiroshima
Poluído o ar e todo clima
Desde o ar sonoro da china
Vi meninas enlouquecidas
Com as quedas das bombas
Bombas atômicas Todo progresso
Que deixou a natureza
Quero cantar em versos Do mundo a avesso
“Enlouquecido”
Das bombas
Dos gases
Das metralhadoras
Do ar rodeio da policia
Vi tu que me disse
Que é preciso matar
Para não morrer
Olhei os loucos do meu país
Cantando feitos heróis
Dos filhos e dos pais
O matuto de lá grita
Ai como dói os olhos
Vi também que não era matuto
E sim um louco que chorava
Viva a Hiroshima
Viva as bombas
Os gases
As metralhadoras
“Refrão dos heróis loucos”
Os loucos acabaram de chegar
Um, dois, um, dois, um, dois...
Vinham marchando os heróis
Um, dois, um, dois, um, dois...
Atenção...
Para!
Saldado sonho louco
Dê um passo à frente
E atire em todos
Um, dois, um, dois, um, dois...
Metralhas rangem
A loucura pegou
Nos meus ouvidos
Vi Deus Sol
Rido de toda loucura
“Deus Sol”
Ó Deus sol
Que passa por terra
Observara os piratas
Enterrando ouro
Fazendo seus mapas
Que nas colinas o sangue desceu
Nas montanhas neblinas enlouquecidas
Que vira todo o sangue
Sangrar na terra
De onde não havia vida
Ó Deus Sol
Que nos tempos de hoje
Olha-me com a força dos dias
Fale-me a verdade
De toda essa história